quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um indivíduo em sí não tem a menor importância.

Uma babaquice é dizer "Cada ser humano é único e por isto cada um tem o seu valor". Burrice é dizer isto e depois afirmar que "todo mundo é substituível" o que equivale a dizer o mundo não sente a falta de ninguém. Mas de fato, o que se observa é que o mundo sente a falta de algumas pessoas e se recente da existência de outras.

Alguém como Mozart, que morreu jovem e pobre, faz falta. Einstein, Beethoven, Newton, Leonardo da Vinci, Shakespeare e muito outros também. Alguns ainda podem não ter sido descobertos e posteriormente se notar que outras pessoas também fazem falta. Mas Ditão, fanático torcedor do Piraporinha de Bom Jesus não faz. Hitler e Stalin também não fazem falta, embora estes tenham ao menos tido uma importância histórica como símbolos do que o homem é capaz de fazer.

Eu imagino a humanidade da seguinte forma: um oceano de pessoas cuja única ambição é viver uma vida razoavelmente tranqüila e sem ter que fazer muito esforço. Pessoas que sabem que pensar não apenas cansa, mas também trás preocupações e angustias, algo que elas não desejam.

“Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal.” (Albert Einstein")

Como conseqüência, esta pessoas precisam de alguém que as digam o que é certo e o que é errado para elas poderem pautar suas decisões. Se um tio de bigode diz que tem que matar judeus e negros e todo mundo esta fazendo eu também vou fazer, não porque eu sou mal, mas sim porque é mais fácil fazer o que os outros fazem do que ter que parar para pensar no que fazer e descobrir que o certo é fazer exatamente o contrário, o que traria muitos problemas.

Já as regras impostas precisam ser amplas o suficiente para servirem de guia nas mais diferentes situações e atender as reivindicações de um grupo de pessoas. Ademais, devem existir gurus para transmitir a mensagem e auxiliar as pessoas que tiverem dúvidas, podendo para isto existir um líder ou mesmo diversos gurus com diploma de psicologia ou com passe livre nos corredores da Daslu.

Logo, eu consigo identificar em algumas pessoas características que claramente a tornam diferente dos demais animais, mas na maioria não. Para mim, é como se a maioria das pessoas fossem como macacos dotados de uma enorme capacidade, mas que só usam esta capacidade para atingir os mesmos objetivos de macaco.

Para deixar claro, para mim um macaco só quer saber de se reproduzir, brincar e dormir, não interessado em trabalhar, produzir ou desenvolver suas capacidades. Ou seja, um ser que por muito pouco não pode ingressar em uma torcida organizada.

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