Torna-se relevante discutir um pouco mais sobre o indivíduo, discorrer um pouco sobre o que implica um indivíduo desenvolver um paixão pela vida de modo a querer interfirir no mundo em que vive e sobre a existência de vontades submersas que por vezes relutamos
Um indivíduo pode querer fazer tudo, aprender sobre tudo, mas em sua vida ele não conseguira fazer muito visto que nosso tempo na terra é limitado, ou seja, é escasso. Logo o que nos cabe sempre é ou tentar atuar em diversas áreas e fazer muito pouco em cada, nos dedicar a poucas áreas e fazer e fazer algo bem feito ou ficar sem fazer nada.
Considerando estas três possibilidades que são as únicas possíveis e mutuamente excludentes e lembrando do nosso objetivo de intervir sobre o mundo, temos por conseqüência lógica que o indivíduo não pode querer se debruçar sobre todo o conhecimento existência nem ficar sem fazer nada. Este fato é facilmente justificado e aceito, visto que não conheço quem prefira um médico que também seja cantor, mímico e bailarino a um que só se dedique a sua profissão.
Note que isto não implica dizer que um ortopedista só deva se preocupar em estudar sobre pés. Afinal, o pé faz parte de um organismo mais complexo e aprender sobre ele pode ajudar a entender melhor o pé. Estudar um pouco de psicologia pode ajudá-lo a entender melhor seus pacientes e com isto ele pode realizar melhores diagnósticos, sendo que nem por isto ele tem que se tornar um analista ou um psicólogo.
De fato, o que ocorre é que uma pessoa, para ser capaz de atuar sobre o mundo ela tem que se desenvolver até conseguir força suficiente para isto. Logo ela tem que de certo modo se especializar. Isto não implica que ela deva estudar só um campo de conhecimento, mas sim que ela vai buscar em uma vasta área de conhecimentos meios de desenvolver melhor as suas capacidades especificas, tais como um ortopedista que venha a estudar um pouco de Freud. Por conseqüência, a pessoa acabará sentindo desprezo por tudo aquilo que não a interessar.