terça-feira, 20 de novembro de 2007

Nº4

Espero escrever aqui uma pequena resenha sobre o que eu considero ser ciência. Apesar de parecer tolo, considero este tema de profunda importância. Ademais, quero uma definição que seja simples.

Uma das conseqüências da inteligência é a inércia. Uma pessoa inteligente sempre é capaz de pensar na implicação da implicação, sempre se pergunta o porquê de um por que. Afinal, toda resposta é incompleta.

Um tolo que apanha revida acreditando estar fazendo justiça. Mas uma pessoa inteligente pensa se realmente seria justiça revidar. Pensa sobre o que é justiça, tenta compreender o porquê da agressão, o que levou alguém a bater... e com isto não faria nada.

Partindo disto, creio que ciência não é nada mais que impor um ponto de partida, no qual deixamos claro que para trás dele não sabemos o que tem nem queremos encontrar agora.

Acho esta definição muito mais útil que assumir que ciência é tudo aquilo que pode ser negado. Alias esta definição não é de todo correta a meu ver.

Para aqueles que não conhecem, tem na economia uma história do mercado de carros usados. Esta história não pode ser falseada, embora utilize várias hipóteses claramente falsas, e ainda assim é bastante útil para se compreender o funcionamento deste mercado. A mim seria muito estranho dizer que esta história pertence ao mundo dos romances e retira-la da economia.

Portanto, vejo que a ciência consiste em um ponto de partida para quebrar a inércia, que possibilite que a humanidade se desenvolva sem depender unicamente do aparecimento de gênios, capazes de navegar pelo infinito de possibilidades e voltar a tempo de nos mostrar um pouco do que eles viram.

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